quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Esquizofrenia

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Critérios diagnósticos:

Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de tempo durante um período de um mês (ou menos, se forem tratados com sucesso). Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3):

• Delírios.

• Alucinações.

• Discurso desorganizado.

• Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.

Sintomas negativos.

Por período significativo desde o aparecimento da perturbação, o nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes do funcionamento, como trabalho, relações interpessoais ou autocuidado, está acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início.

Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis meses. Esse período de seis meses deve incluir no mínimo um mês de sintomas que precisam satisfazer ao primeiro critério e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no primeiro critério presentes em uma forma atenuada.

Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características psicóticas são descartados porque 1) não ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos concomitantemente com os sintomas da fase ativa, ou 2) se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve em relação aos períodos ativo e residual da doença.

A perturbação pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.

Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno da comunicação iniciado na infância, o diagnóstico adicional de esquizofrenia é realizado somente se delírios ou alucinações proeminentes, além dos demais sintomas exigidos de esquizofrenia, estão também presentes por pelo menos um mês.


Características diagnósticas:

Os sintomas característicos da esquizofrenia envolvem uma gama de disfunções cognitivas, comportamentais e emocionais, mas nenhum sintoma é patognomônico do transtorno. O diagnóstico envolve o reconhecimento de um conjunto de sinais e sintomas associados a um funcionamento profissional ou social prejudicado. Indivíduos com o transtorno apresentarão variações substanciais na maior parte das características, uma vez que a esquizofrenia é uma síndrome clínica heterogênea.

Pelo menos dois sintomas do primeiro critério devem estar presentes durante parte significativa do tempo em um mês ou mais. Pelo menos um desses sintomas deve ser a presença clara de delírios (critério 1), alucinações (critério 2) ou discurso desorganizado (critério 3). Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico (critério 4) e sintomas negativos (critério 5) podem também estar presentes. Nas situações em que ocorre remissão dos sintomas da fase ativa em um mês em resposta ao tratamento, o primeiro critério ainda é satisfeito se o médico avalia que eles teriam persistido na ausência de tratamento.

A esquizofrenia envolve prejuízo em uma ou mais das principais áreas do funcionamento (segundo critério). Se a perturbação iniciar na infância ou na adolescência, o nível esperado de funcionamento não é alcançado.

Os indivíduos podem manifestar uma variedade de crenças incomuns ou estranhas que não sejam de proporções delirantes, podem ter experiências perceptivas raras; seu discurso pode ser, em geral, compreensível, porém vago; seu comportamento pode ser incomum, mas não grosseiramente desorganizado. Sintomas negativos são comuns nas fases prodrômica e residual, podendo ser graves. Indivíduos que era socialmente ativos podem ficar retraídos em relação a rotinas anteriores. Esses comportamentos são frequentemente o primeiro sinal de um transtorno. Sintomas de humor e episódios completos de humor são comuns na esquizofrenia e podem ocorrer concomitantemente com a sintomatologia da fase ativa. Porém, como diferença do transtorno do humor psicótico, um diagnóstico de esquizofrenia exige a presença de delírios ou alucinações na ausência de episódios de humor. Além disso, episódios de humor, tomados em sua totalidade, devem estar presentes por somente uma parte mínima da duração total do período ativo e residual da doença.

Além das cinco áreas de domínio dos sintomas identificados nos critérios diagnósticos, a avaliação dos sintomas dos domínios cognição, depressão e mania é crucial para que sejam feitas distinções importantes entre os vários transtornos do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos.


Prevalência:

A prevalência da esquizofrenia ao longo da vida parece ser de 0,3% a 0,7%, embora haja variação. A proporção entre os sexos difere em amostras e populações: Por exemplo, ênfase em sintomas negativos e duração maior do transtorno (associada a pior prognóstico) demonstram taxas mais elevadas de incidência nos indivíduos do sexo masculino.


Desenvolvimento e curso:

As características diagnósticas da esquizofrenia costumam surgir entre o fim da adolescência e meados dos 30 anos; início antes da adolescência é raro. A idade de pico do início do primeiro episódio psicótico é entre o início e a metade da faixa dos 20 anos para o sexo masculino e fim dos 20 anos para o feminino. O início pode ser abrupto ou insidioso, mas a maioria dos indivíduos manifesta um desenvolvimento lento e gradativo de uma variedade de sinais e sintomas clinicamente importantes. Metade dessas pessoas queixa-se de sintomas depressivos.

O efeito da idade de início do transtorno, todavia, possivelmente tem relação com o gênero, com os indivíduos do sexo masculino apresentando adaptação pré-mórbida pior, rendimento escolar mais baixo, sintomas negativos e prejuízo cognitivo mais proeminentes, além de, em geral, terem um prognóstico pior.

A maioria dos indivíduos com esquizofrenia, entretanto, ainda necessita de apoio formal ou informal na vida cotidiana. Muitos permanecem cronicamente doentes, com exacerbações e remissões de sintomas da fase ativa, ao passo que outros têm um curso de deterioração progressiva.

Os sintomas psicóticos tendem a diminuir ao longo da vida, talvez em associação ao declínio normal da atividade dopaminérgica relacionada ao envelhecimento. Os sintomas negativos têm relação mais íntima com o prognóstico do que os positivos, tendendo a ser mais persistentes. Além disso, déficits cognitivos associados à doença podem não melhorar ao longo do seu curso.


Características associadas que apoiam o diagnóstico:

Indivíduos com esquizofrenia podem exibir afeto inadequado; humor disfórico que pode assumir a forma de depressão, ansiedade ou raiva; padrão de sono perturbado; e falta de interesse em alimentar-se ou recusa de comida. Despersonalização, desrealização e preocupações somáticas podem ocorrer e por vezes atingem proporções delirantes. Ansiedade e fobias são comuns. Déficits cognitivos na esquizofrenia são comuns e fortemente associados a prejuízos profissionais e funcionais. Esses déficits podem incluir diminuições na memória declarativa, na memória de trabalho, na função da linguagem e de outras funções executivas, bem como a velocidade de processamento mais lenta. Anormalidades no processamento sensorial e na capacidade inibitória , bem como redução na atenção são também encontradas.

Hostilidade e agressão podem estar associadas a esquizofrenia, embora agressão espontânea ou aleatória não seja comum. A agressão é mais frequente em indivíduos do sexo masculino mais jovens e em pessoas com história anterior de violência, não adesão ao tratamento, abuso de substância e impulsividade. Deve-se observar que a grande maioria das pessoas com esquizofrenia não é agressiva, sendo, com mais frequência, mais vitimizada que aquelas na população em geral.

Atualmente não há exames laboratoriais, radiológicos ou testes psicométricos para o transtorno. As diferenças são claras entre em múltiplas regiões do cérebro entre grupos de pessoas saudáveis e pessoas com esquizofrenia, incluindo evidências de estudos por neuroimagem,neuropatologia e neurofisiologia.

Transtornos Alimentares

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Bulimia Nervosa:

Critérios diagnósticos:

• Episódios recorrentes de compulsão alimentar, que são representados pelos seguintes aspectos:

• Ingestão, em um período de tempo indeterminado de uma quantidade de alimentos definitivamente maior que a maioria dos indivíduos consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes.

• Comportamentos compensatórios inapropriados a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos, uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos, jejum, ou exercício em excesso.

• A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios acontecem, em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses.

• A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais.

• A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa.


Depois de todos os critérios para bulimia nervosa terem sido previamente preenchidos, especificar se:

Em remissão parcial: Alguns, mas não todos os critérios, foram preenchidos por um período de tempo sustentado.

Em remissão completa: Nenhum dos critérios foi preenchido por um período de tempo sustentado.


Especificar a gravidade atual:

O nível mínimo de gravidade baseia-se na frequência dos comportamentos compensatórios inapropriados (listados abaixo). O nível de gravidade pode ser elevado de maneira a refletir outros sintomas e o grau de incapacidade funcional.


comportamentos compensatórios inapropriados por semana:

Leve: Média de 1 a 3 episódios.

Moderada: De 4 a 7 episódios.

Grave: De 8 a 13 episódios.

Extrema: De 14 ou mais.


Características diagnósticas:

Existem três aspectos essenciais na bulimia nervosa: episódios recorrentes de compulsão alimentar (primeiro critério), comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes para impedir o ganho de peso (segundo critério) e autoavaliação indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais (quarto critério). Para se qualificar ao diagnóstico, a compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados devem ocorrer, em média, pelo menos uma vez por semana por três meses (terceiro critério).

Um “episódio de compulsão alimentar” é definido como a ingestão, em um período de tempo determinado, de uma quantidade de alimento bem maior do que o normal. O contexto no qual a ingestão ocorre pode afetar a estimativa do clínico quanto à ingestão ser ou não excessiva. Por exemplo, uma quantidade de alimento que seria considerada excessiva para uma refeição típica pode ser considerada normal durante uma refeição comemorativa ou nas festas de fim de ano. Um “período de tempo determinado” refere-se a um período de tempo limitado, normalmente menos de duas horas. Um único episódio de compulsão alimentar não precisa se restringir a um contexto. Por exemplo, um indivíduo pode começar um episódio de compulsão alimentar no restaurante e depois continuar a comer ao voltar para casa. Lanches contínuos de pequenas quantidades ao longo do dia não são considerados compulsão alimentar.

Uma ocorrência de consumo excessivo de alimento deve ser acompanhada por uma sensação de falta de controle para ser considerada um episódio de compulsão alimentar.

Um indicador de perda de controle é a incapacidade de abster-se ou de parar de comer depois de começar.

O tipo de alimento consumido durante os episódios varia. A compulsão alimentar parece ser caracterizada mais por uma anormalidade na quantidade de alimento consumida do que por uma fissura num nutriente específico. Porém, durante episódios , os indivíduos tendem a consumir alimentos que evitariam em outras circunstâncias.

Indivíduos com bulimia nervosa em geral sentem vergonha de seus problemas alimentares e tentam esconder os sintomas. A compulsão alimentar normalmente ocorre em segredo ou da forma mais discreta possível. Com frequência contínua ou até que o indivíduo esteja desconfortável ou dolorosamente cheio. O antecedente mais comum da compulsão alimentar é o afeto negativo. Outros gatilhos incluem fatores de estresse interpessoais, restrições dietéticas, sentimentos negativos relacionados ao peso corporal, à forma do corpo e a alimentos; e tédio.

Comportamentos purgativos, ou purgação são os nomes dados para os contínuos comportamentos compensatórios inapropriados. Um dos comportamentos purgativos é o vômito autoinduzido, tendo como efeitos imediatos a redução do medo de ganhar peso e alívio do desconforto físico.

Indivíduos com bulimia nervosa enfatizam de forma excessiva a forma ou o peso do corpo em sua autoavaliação, e esses fatores são extremamente importantes para determinar sua autoestima.


Características que apoiam o diagnóstico:

Indivíduos com bulimia nervosa estão geralmente dentro da faixa normal de peso ou com sobrepeso. O transtorno ocorre, mas é incomum entre indivíduos obesos.

Irregularidade menstrual ou amenorreia ocorrem com frequência em mulheres com bulimia nervosa. Os distúrbios hidreletrolíticos decorrentes do comportamento purgativo são por vezes graves o suficiente para constituírem problemas clinicamente sérios. Complicações raras, porém fatais, incluem lacerações esofágicas, ruptura gástrica e arritmias cardíacas.


Prevalência:

A prevalência de 12 meses de bulimia entre jovens do sexo feminino é de 1 a 1,5%. A prevalência-ponto é a maior entre adultos, já que o transtorno atinge seu pico no fim da adolescência e no início da idade adulta. Pouco se sabe a respeito da prevalência-ponto de bulimia nervosa no sexo masculino, porém o transtorno é bem menos comum nestes, com uma proporção feminino-masculino de aproximadamente 10:1.


Desenvolvimento e curso:

A bulimia começa na adolescência ou na idade adulta jovem.A manifestação inicial antes da puberdade ou depois dos 40 anos é incomum. A compulsão alimentar frequentemente começa durante ou depois de um episódio de dieta para perder peso. A vivência de múltiplos eventos estressantes na vida também pode precipitar o aparecimento de bulimia nervosa e a perturbação do comportamento alimentar persiste por no mínimo muitos anos.

O curso pode ser crônico ou intermitente, com períodos de remissão alternando com recorrências de compulsão alimentar.


Fatores de risco e prognóstico:


Temperamentais: Preocupações como peso, baixa autoestima, sintomas depressivos, transtorno de ansiedade social e transtorno de ansiedade excessiva da infância estão associados a um risco maior de bulimia nervosa.


Ambientais: Observou-se que a internalização de um corporal magro aumenta o risco de desenvolver preocupações com o peso, o que, por sua vez, aumenta o risco de desenvolver bulimia nervosa.


Genéticos e fisiológicos: Obesidade infantil e maturação puberal precoce aumentam o risco de bulimia nervosa. A transmissão familiar do transtorno pode estar presente, bem como vulnerabilidades genéticas para a perturbação.


Modificadores do curso: A gravidade da comorbidade psiquiátrica prediz uma evolução mais desfavorável de bulimia nervosa a longo prazo.


Questões diagnósticas relacionadas à cultura:

Há relatos de ocorrência de bulimia em frequências relativamente similares na maioria dos países industrializados.


Marcadores diagnósticos:


Não existe, atualmente, teste diagnóstico específico para bulimia nervosa.

A perda de ácido gástrico pelo vômito pode produzir alcalose metabólica , e a indução frequente de diarreia ou desidratação devido ao abuso de laxantes e diuréticos e pode causar acidose metabólica.

O exame físico geralmente não revela achados físicos. Porém, a inspeção da boca pode revelar perda significativa e permanente do esmalte dentário, em especial das superfícies linguais dos dentes da frente devido aos vômitos recorrentes. As frequências de cáries dentárias também pode ser maior.


Risco de suicídio:

O risco de suicídio é alto na bulimia nervosa. A avaliação completa de indivíduos com esse transtorno deverá incluir determinação e ideação de comportamentos suicidas, bem como outros fatores de risco para suicídio, incluindo histórias de tentativas de suicídio.


Consequências funcionais da bulimia nervosa:

Indivíduos com bulimia nervosa podem exibir uma gama de limitações funcionais associadas ao transtorno. Uma minoria de pessoas relata prejuízo grave no desempenho de papéis, sendo o domínio social da vida o mais provavelmente afetado de maneira adversa pela bulimia nervosa.

Diagnóstico diferencial:

Anorexia nervosa, tipo convulsão alimentar purgativa. Indivíduos cujo comportamento alimentar compulsivo ocorre apenas durante episódios de anorexia nervosa recebem o diagnóstico de anorexia nervosa tipo compulsão alimentar purgativa e não deverão receber o diagnóstico adicional de bulimia nervosa.


Transtorno de compulsão alimentar:

Alguns indivíduos apresentam compulsão alimentar, porém não adotam comportamentos compensatórios inapropriados regularmente. Nesses casos, o diagnóstico de transtorno de compulsão alimentar deve ser considerado.


Síndrome de Kleine-Levin: Em certas condições neurológicas e algumas condições médicas , como a síndrome de Kleine-Levin existe comportamento de comer perturbado, mas os aspectos psicológicos característicos de bulimia nervosa, como a preocupação excessiva com a forma e o peso corporais não estão presentes.


Transtorno depressivo maior, com aspectos atípicos: A hiperfagia é comum no transtorno depressivo maior com aspectos atípicos , mas os indivíduos com esse transtorno não adotam comportamentos compensatórios indevidos e não exibem a preocupação excessiva com a forma e o peso corporais, característica da bulimia nervosa. Se os critérios de ambos os transtornos forem satisfeitos, ambos os diagnósticos devem ser dados.


Transtorno de personalidade borderline: O comportamento de compulsão alimentar está incluso no critério de comportamento impulsivo que faz parte do transtorno de personalidade borderline. Se os critérios para o transtorno da personalidade borderline e bulimia nervosa forem satisfeitos, então ambos os diagnósticos devem ser dados.


Comorbidade:

A comorbidade com transtornos mentais é comum em indivíduos com bulimia nervosa, com a maioria sofrendo de pelo menos um outro transtorno mental e muitos sofrendo de múltiplas comorbidades. A comorbidade não se limita a algum subgrupo especial, mas passa por uma ampla gama de transtornos mentais. Existe uma frequência maior de sintomas depressivos e transtornos bipolares e depressivos em indivíduos com bulimia nervosa. Em muitos, também há o aparecimento de perturbações de humor e frequência maior de ansiedade. Essas perturbações do humor e ansiedade com frequência cedem depois do tratamento efetivo de bulimia nervosa. A prevalência ao longo da vida de uso de substâncias, particularmente álcool ou estimulantes, é de pelo menos 30% entre indivíduos com bulimia nervosa.

Anorexia nervosa:

Características diagnósticas:

A anorexia nervosa tem três características essenciais: restrição persistente da ingesta calórica; medo intenso de ganhar peso ou de engordar ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso; e perturbação na percepção do próprio peso ou da própria forma. O indivíduo mantém um peso corporal abaixo daquele minimamente normal para a idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física.


O primeiro critério requer que o indivíduo esteja significativamente abaixo do peso.

A vivência e a significância do peso e da forma corporal são distorcidas nesses indivíduos (terceiro critério). Algumas pessoas sentem-se completamente acima do peso. Outras percebem que estão magras, mas ainda assim se preocupam com determinadas partes do corpo, em particular que o abdome, os glúteos e os quadris estão “gordos demais”. Elas podem empregar uma variedade de técnicas para avaliar o tamanho ou o peso de seus corpos, incluindo pesagens frequentes, medicação obsessiva de partes do corpo e uso persistente de um espelho para checar áreas percebidas de “gordura”. A estima de indivíduos com anorexia nervosa é altamente dependente de suas percepções da forma e do peso corporal.

Transtornos de Ansiedade

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Ansiedade

Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que podem causar medo ou ansiedade em excesso, o medo é uma resposta à um estímulo imediato e perceptível, a ansiedade é a antecipação da ameaça futura. O transtorno de ansiedade pode ser causado por coisas pequenas que para a pessoa com o transtorno, são aumentadas drasticamente e acabam gerando uma resposta negativa por parte da mesma. Embora os transtornos de ansiedade tendam a ser muito comórbidos entre si, eles podem ser detalhados de acordo com os tipos de reações à situações específicas.

Os indivíduos com ansiedade geralmente superestimam o perigo das situações que temem ou evitam. Os transtornos de ansiedade costumam se desenvolver a partir da infância e podem persistir se não forem tratados, e há maior frequência do transtorno em pessoas do sexo feminino do que do masculino.

Transtorno da ansiedade da Separação:


• Medo e ansiedade exagerados em relação ao momento de separação com um indivíduo que tem apego. Evidenciado por três ou mais desses exemplos:

• Sofrimento recorrente e excessivo em relação à separação de figuras importantes de apego, ou de casa.

• Constante e excessiva preocupação em relação à perda de uma figura de apego.

• Preocupação com o potencial de se separar de uma figura de apego em um evento indesejado.

• Relutância ou recusa em sair de casa para qualquer lugar.

• Temor ou relutância em ficar sozinho em ambientes sem as figuras de apego.

• Apreensão em dormir longe de casa ou dormir sem estar com uma figura de apego.

• Pesadelos repetidos envolvendo o tema separação.

• Contínuas queixas de sintomas somáticos quando a separação de figuras de apego ocorre ou é prevista.

• A ansiedade é persistente, dura pelo menos quatro semanas em crianças e adolescentes e geralmente seis meses ou mais em adultos.

• A perturbação pode causar sérios problemas no funcionamento social e em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

• A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.


Risco de Suicídio:

Em crianças, o transtorno de ansiedade relacionado à separação pode estar associado a risco aumentado de suicídio. Em uma parte da comunidade, a presença de transtornos de ansiedade, de humor ou uso de substâncias pode acabar levando à idealização de suicídio ou à tentativa do mesmo. Porém essa associação não é algo definitivo para transtorno de ansiedade de separação, podendo também ser encontrado em outros transtornos de ansiedade.


Diagnóstico Diferencial:


Transtorno de Ansiedade Generalizada: A definição de ansiedade generalizada está ligada a ansiedade em relação a outras coisas que não necessariamente sobre separação de figuras importantes.


Transtorno de pânico: Ameaças de separação podem levar a extrema ansiedade e até mesmo a um ataque de pânico. No caso, ele estaria ligado a ansiedade de separação, não seria um ataque de pânico inesperado.


Transtorno de Ansiedade Social: A recusa de ir a escola pode ser causada pela ansiedade social (fobia social). Nesse caso pode ser pelo medo de ser julgado negativamente pelos outros, e não pela ansiedade de separação.


Transtorno de estresse pós-traumático: O medo de separação das pessoas amadas é comum depois de eventos traumáticos, principalmente quando houve algum caso de separação durante esse evento. No transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), os principais sintomas são relacionados a intrusão e a esquiva de lembranças associadas ao evento traumático, já no transtorno de ansiedade de separação, as preocupações e a esquiva estão relacionadas ao bem-estar das figuras de apego e à separação delas.


Transtornos psicóticos: Diferente das alucinações nos transtornos psicológicos, as experiências perceptuais incomuns que podem ocorrer no transtorno de ansiedade de separação estão em geral baseadas em uma percepção equivocada de um estímulo real, acontecendo em apenas em certas situações, sendo revertidas pela presença de uma figura de apego.


Transtornos de personalidade: O transtorno de personalidade é caracterizado por por uma tendência enorme a depender de outra pessoa, enquanto o transtorno de ansiedade de separação envolve preocupação em relação à proximidade e à segurança das principais figuras de apego. O transtorno da personalidade borderline é caracterizado pelo medo do abandono pelas pessoas amadas, mas os problemas na identidade, no autodirecionamento no funcionamento interpessoal e na inpulsividade são também principais a esse transtorno enquanto não são principais para o transtorno de ansiedade de separação.


Critérios diagnósticos:

• Fracasso persistente para falar em certas situações sociais nas quais existe essa expectativa.

• A perturbação interfere na realização educacional ou profissional ou na comunicação social.

• A duração mínima da perturbação é de um mês.

• O fracasso para falar não é relacionado a um desconhecimento ou desconforto com o idioma exigido pela situação social.

• A perturbação não é melhor explicada por um transtorno de comunicação nem ocorre exclusivamente durante o curso de transtorno do espectro autista, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico.

Ansiedade Social


Transtorno de Ansiedade social ( Fobia Social): A ansiedade social e a esquiva no transtorno de ansiedade social podem estar associados ao mutismo seletivo. Nesse caso, dois diagnósticos deven ser estabelecidos.


Critérios diagnósticos:

• Medo ou ansiedade acentuados relacionados à um objeto ou situação.

• O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade.

• O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.

• O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.

• O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses.

• Também causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental, incluindo medo, ansiedade e esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes (como na agorafobia); objetos ou situações relacionados a obsessões (como no transtorno obsessivo-compulsivo); evocação de eventos traumáticos (como no transtorno de estresse pós-traumático), separação de casa ou de figuras de apego ( transtorno de ansiedade de separação); ou situações sociais (como no transtorno de ansiedade social).


Características Diagnósticas

As categorias das situações ou objetos temidos são apresentadas como especificadores. Muitos indivíduos temem objetos ou situações de mais de uma categoria, ou estímulo fóbico.

O indivíduo ativamente evita a situação, ou, se não consegue ou decide não evitá-la, a situação ou objeto evoca medo ou ansiedade intensos (terceiro critério). Esquiva ativa significa que o indivíduo intencionalmente se comporta de formas destinadas a prevenir ou minimizar o contato com objetos ou situações fóbicas.


Diagnóstico Diferencial

Agorafobia: A fobia especial situacional pode parecer com a agorafobia na sua apresentação clínica, dada a sobreposição nas situações temidas. Se o indivíduo teme apenas uma das situações da agorafobia, então pode-se diagnosticar uma fobia específica e/ou situacional. Caso ele tema duas ou mais, um diagnóstico de agorafobia pode ser justificado. Por exemplo, se um indivíduo tem fobia de aviões e elevadores, mas não de outras formas de situações agorafóbicas, ele pode ser diagnosticado com uma fobia específica, situacional, enquanto o indivíduo que tem medo de aviões, elevadores e multidões seria diagnosticado com agorafobia. O segundo critério da agorafobia também pode ser útil na diferenciação entre agorafobia e fobia específica. Se as situações são temidas por outras razões, como o medo de ser ferido diretamente pelo objeto ou situação, um diagnóstico de fobia pode ser mais adequado.

Diagnóstico diferencial:

Os sintomas do transtorno da comunicação social se sobrepõem aos do transtorno de ansiedade social. A característica que os distingue é o momento de início dos sintomas. No transtorno de comunicação social, o indivíduo nunca teve uma comunicação social efetiva; no transtyorno de ansiedade social, as habilidades de comunicação social desenvolveram-se de forma correta, mas não são utilizadas devido a ansiedade, medo ou sofrimento acerca de interações sociais.


No transtorno de ansiedade social, o indivíduo é temeroso, ansioso ou evita situações e interações sociais que se envolvem a possibilidade de ser avaliado. Incluindo situações com encontrar-se com pessoas que não são familiares, situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo e situações de desempenho diante de outras pessoas. A lógica por trás desse pensamento seria a de ser avaliado negativamente pelos demais, ficar embaraçado, ser humilhado ou rejeitado ou ofender os outros.


Critérios Diagnósticos:

• Medo ou ansiedade acentuados relacionados à uma pessoa ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas, como por exemplo em várias situações sociais.

Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e não apenas em interações com adultos.

• O Indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente.

• As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.

Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou falhando em falar em situações sociais.

• As situações sociais são suportadas ou evitadas com intenso medo ou ansiedade.

• O medo/ ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.

• O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando pelo menos seis meses.

Esses sintomas também causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Eles também não são consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância ou de outra condição médica.

Também não são mais bem explicados pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.

Se outra condição médica está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.


Transtorno de pânico: Os indivíduos com transtorno de ansiedade social podem ter ataques de pânico, porém a preocupação está relacionada ao medo de avaliação negativa, enquanto no transtorno de pânico a preocupação se relaciona aos próprios ataques de pânico.


Transtorno de Ansiedade Generalizada: (TAG)


Preocupações sociais são comuns no transtorno de ansiedade generalizada, mas o foco é mais na natureza das relações existentes do que no medo de avaliação negativa. Os indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada, especialmente crianças, podem ter preocupações excessivas sobre a qualidade do seu desempenho social, mas essas preocupações também são pertinentes ao desempenho não social e a quando o indivíduo não está sendo avaliado pelos outros. No transtorno de ansiedade social, as preocupações focam no desempenho social e na avaliação dos demais.

Transtorno depressivo maior: Os indivíduos com transtorno depressivo maior podem se preocupar em serem avaliados negativamente pelos outros porque acham que são maus ou não são merecedores de que gostem deles. Por outro lado, aqueles com transtorno de ansiedade social se preocupam em serem avaliados negativamente por conta de certos comportamentos sociais ou sintomas físicos.


Transtorno dismórfico corporal: Os indivíduos com transtorno dismórfico corporal preocupam-se com a percepção de um ou mais defeitos ou falhas em sua aparência física que não são observáveis ou parecem leves para os outros; essa preocupação frequentemente causa ansiedade social e esquiva. Se seus medos e a esquiva social são causados apenas por suas crenças sobre sua aparência, um diagnóstico separado de transtorno de ansiedade social não se justifica.


Transtorno delirante: Os indivíduos com transtorno delirante podem ter delírios e/ ou alucinações não bizarros relacionados ao tema delirante que foca em ser rejeitado pelos outros ou ofendê-los. Embora a extensão do insight das crenças relacionadas a situações sociais possa variar, muitos indivíduos com transtorno de ansiedade social têm um bom insight de que suas crenças são desproporcionais à ameaça real apresentada pela situação social.


Transtorno do espectro autista: Ansiedade social e déficits na comunicação social são características do transtorno do espectro autista. Os indivíduos com transtorno de ansiedade social geralmente têm relações sociais adequadas à idade e a capacidade de comunicação, embora possam parecer ter prejuízo nessas áreas quando inicialmente interagem com pessoas ou adultos estranhos.


Transtornos de personalidade: Dado seu frequente início na infância e sua persistência durante a idade adulta, o transtorno de ansiedade social pode se parecer com um transtorno da personalidade. A sobreposição mais evidente é com o transtorno da personalidade evitativa. Os indivíduos com esse transtorno têm um padrão mais amplo de esquiva do que aqueles com transtorno de ansiedade social. No entanto, o transtorno de ansiedade social é geralmente mais comórbido com o transtorno da personalidade evitativa do que com outros transtornos da personalidade, e o transtorno da personalidade evitativa é mais comórbido com o transtorno de ansiedade social do que com outros transtornos de ansiedade.

Transtorno Depressivo Persistente (Depressão e Distimia)

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Esse transtorno é uma junção do transtorno depressivo maior crônico e do transtorno distímico definidos no DSM-IV.
Este transtorno é caracterizado por um constante humor depressivo na maior parte do dia, durante vários dias, e costuma persistir por pelo menos dois anos. Apesar de que em crianças e adolescentes, seu humor pode ser facilmente irritável e os sintomas se apresentam por pelo menos um ano.


Durante o período em que está deprimido, pode-se reconhecer de duas ou mais dessas características:

• Pouco apetite ou alimentação exagerada.

• Insônia ou hipersonia.

• Fadiga constante.

• Baixa autoestima.

• Inabilidade de se concentrar ou dificuldade para tomar decisões.

• Sentimentos de desesperança.


Durante o período mínimo de presença do transtorno, o indivíduo não possui intervalos maiores que dois meses entre cada episódio causado pelo mesmo.

Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes durante o tempo mínimo (dois anos).

Os sintomas não podem ser explicados por transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, transtorno delirante, ou outro transtorno do espectro da esquizofrenia especificado ou não-especificado.

Os sintomas não são causados pelos efeitos psicológicos de uma substância ou a outra condição médica.

Os sintomas causam vários efeitos prejudiciais no funcionamento social do indivíduo ou sofrimento clinicamente significativo.

Visto que os sintomas que causam o transtorno depressivo maior incluem quatro dos sintomas não apresentados em transtorno depressivo persistente (distimia), um pequeno número de indivíduos terá sintomas que persistirão até dois anos, não satisfazendo os critérios para o transtorno depressivo persistente. No caso dos indivíduos terem apresentado todos os critérios para transtorno depressivo persistente, ele deverá consultar um médico para receber diagnóstico de transtorno depressivo maior. De outra forma, um diagnóstico de outro transtorno depressivo especificado ou não especificado pode ser explicado por:


Com sintomas ansiosos, características mistas, melancólicas, atípicas, psicólticas ligadas ou não ao humor, e com início no periparto.


Especificar também a remissão, início do parto, com o tipo de episódios depressivos e suas frequências, e sua gravidade.

Características para Diagnose:

Os indivíduos com transtorno depressivo persistente descrevem seu humor como triste ou “vazio”. Durante o período de humor depressivo, pelo menos dois dois sintomas dos subcritérios apresentados em traços estão presentes. Já que esses sintomas acabam virando uma parte tão cotidiana e recorrente do dia-a-dia desses indivíduos, eles podem acabar passando despercebidos a menos que sejam melhor investigados por um profissional.


Fatores de Risco:

Dentre as várias razões que podem ser justificativas do surgimento desse transtorno, são divididas em temperamentais, ambientais e genéticas e fisiológicas

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

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O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (ou TDAH) é descrito como um padrão constante de desatenção e/ou de hiperatividade-impulsividade que interfere no desempenho da pessoa em questão.

É comum – e erroneamente – tratado como simples desinteresse e/ou falta de engajamento com questões que exigem foco por períodos prolongados. A falta de compreensão a respeito desta condição pode levar muitas vezes à negligência e mesmo abusos psicológicos por via de ignorância, gerando sofrimento desnecessário para ambas as partes.

O TDAH se manifesta de duas formas, e pelo menos seis desses sintomas de ambos os tipos persistem por no mínimo seis meses (cinco se forem indivíduos de 17 anos ou mais), tendo geralmente impacto negativo na área acadêmica/profissional e nas atividades sociais:


1 - Desatenção:


• Falta de atenção à detalhes, muitas vezes resultando em um realização de tarefas de forma imprecisa ou negligenciado-as.

• Tem dificuldades de manter o foco durante atividades lúdicas (aulas, conversas, ou leituras prolongadas).

• Parece não estar prestando atenção mesmo quando alguém interage diretamente.

• Frequentemente começa tarefas, mas tem dificuldade em terminá-las.

• Possui dificuldade para organização em geral, e gerencia mal o tempo e os prazos de término de atividades.

• Frequentemente evita, não gosta e reluta se envolver em atividades com esforço mental prolongado.

• Frequentemente perde coisas.

• Se distrai com frequência com estímulos externos.

• Com frequência é esquecido em relação à atividades cotidianas ou rotineiras.


2 - Hiperatividade e impulsividade:


• Constantemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.

• Frequentemente levanta da cadeira em situações que deve estar sentado.

• Costuma correr ou subir nas coisas em momentos inapropriados.

• Não costuma ser capaz de brincar ou se envolver calmamente em atividades de lazer.

• Aparenta estar sempre em movimento e inquieto não importando a situação.

• Fala em excesso.

• Costumam deixar escapar a resposta para uma pergunta antes que a mesma seja terminada.

• Frequentemente tem dificuldades em esperar por sua vez.

• Com frequência interrompe ou se intromete em assuntos.


Vários desses sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade costumam estar presentes antes dos 12 anos de idade

Costumam aparecer em dois ou mais ambientes de forma frequente.

Há aparentes evidências de que os sintomas interferem no funcionamento social, acadêmico ou profissional e que podem reduzir sua qualidade.

Os sintomas são distintos e não podem ser justificados por outros distúrbios e não costumam ocorrer somente durante esquizofrenia ou outros transtornos.


Para se determinar o subtipo:


Combinado:

Se tanto a categoria de Desatenção e a de Hiperatividade-impulsividade são marcados nos últimos 6 meses.


Predominantemente Desatenta:

Se a categoria Desatenção é marcada, mas não a categoria Hiperatividade-impulsividade nos últimos 6 meses.


Predominantemente Hiperativa/Impulsiva:

Se a categoria Hiperativa/Impulsiva for marcada, mas não a categoria Desatenta nos últimos 6 meses.

Há também três níveis para se especificar a gravidade do distúrbio, são eles leve, moderado e grave e variam de acordo com a quantidade de sintomas e o quanto eles impactam o funcionamento social e/ou profissional.